O TEMPO MEDIDO PELO JUDICIARIO Ê DIFERENTE

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VOCÊ APROVARIA ELIMINAR O CÁRCERE FEMININO?

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

ACONTECE EM SANTA CATARINA

02 de Agosto de 2010 - 16:25
Segundo delegada, cadeia provisória acabou tomando dimensões de presídio, para onde eram enviadas presas de toda a região
Anchieta - Folha do Oeste

A Justiça da comarca de Anchieta determinou, nesta semana, a interdição da cadeia feminina que funciona junto com a delegacia da cidade e abrigava 11 presas em um espaço para quatro detentas.
A delegada que está atendendo na comarca, Joelma Stang, explicou que o juiz Marcos Bigolin oficiou a delegacia sobre interdição depois de ter recebido informações das condições da delegacia de Anchieta, principalmente pela falta de estrutura, visto estarem abrigadas 11 presas em um espaço reduzido. “Na verdade, em Anchieta nunca houve uma cadeia feminina e sim apenas celas para lavratura do flagrante como existe na outras delegacias, mas foi se estabelecendo essa situação, onde as presas de toda a região eram encaminhadas para lá”, explica.
A delegada destaca que agora, como a situação ficou insustentável, o juiz determinou que essas presas sejam alocadas em outros presídios da região. “Essa é uma responsabilidade do Departamento Prisional e não da Polícia Civil e que o departamento tem que tomar uma atitude, abrir vagas em outros presídios e encaminhar essas presas. O prazo para resolver a situação é de 30 dias e agora estamos entrando em contato com os delegados de onde vieram essas detentas, para que se providencie a remoção. Agora, não vamos mais receber presas de outras comarcas e isso vai gerar um transtorno enorme, como ocorreu nesta semana, em que uma mulher foi presa em flagrante em SMOeste e não tinha para onde mandar. Ela ficou na delegacia mais de cinco horas aguardando o departamento indicar para onde ela deveria ser levada”, enaltece.
Joelma enfatiza que para a Polícia Civil essa interdição é boa, principalmente porque o espaço não tem caráter de presídio feminino, pois eram policiais trabalhando na carceragem. “Não é um presídio, não tem estrutura, não tem segurança e nem pessoal para trabalhar, já que eram os próprios policiais civis que trabalhavam. Na comarca havia três policiais civis que tinham que se revezar para cuidar durante o expediente, e à noite apenas um policial ficava”, sustenta.
Na região Oeste existem dois presídios femininos, um em Chapecó e outro em Caçador e, conforme a delegada, existe a necessidade de uma unidade dessas no Extremo Oeste. “Com certeza existe essa necessidade, porque temos demanda. São 11 presas em Anchieta hoje, mas já temos presas nessas outras unidades, e que são da região e foram para outros locais por falta de vagas. A construção de uma cadeia feminina aqui seria uma coisa emergencial na região”, ressalta Joelma.
 
http://www.adjorisc.com.br/jornais/folhadooeste

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